sábado, 13 de março de 2010

Bem no espírito de Manuel Querino

Encontrei este texto citado no livro Flash of the Spirit, de Robert Farris Thompson, e traduzi para divulgá-lo entre os leitores lusófonos deste blog (sugestões para melhorar a tradução serão muito bem-vindas):

O que eu vi desenganou minha mente de muitos erros em relação à África. A cidade [de Abeokuta] se estende ao longo da margem do Rio Ogum para cerca de seis quilômetros e tem uma população de aproximadamente 200 mil(...) Em vez de selvagens nus e preguiçosos, que viviam da produção espontânea da terra, vi pessoas vestidas e trabalhadoras (...) produzindo tudo que era necessário para seu conforto físico. Os homens são pedreiros, ferreiros, carpinteiros, cesteiros, entalhadores de cabaças, tecelões, chapeleiros, fabricantes de esteiras, comerciantes, barbeiros, alfaiates, agricultores e trabalhadores em couro e marroquim, fazem navalhas, espadas, facas, enxadas, podões, machados, pontas de seta e estribos(...) as mulheres (...) muito diligentemente seguem as atividades que lhes são atribuídas por costume. Elas se dedicam à fiação e tecelagem, são comerciantes e cozinheiras e tingem tecidos de algodão. Elas também produzem sabão, tintas, dendê, óleo de amendoim e todo tipo de cerâmica nativa e muitas outras coisas usadas no país. Era uma cidade grande parecida com aquelas que já conhecia.

--R.H. Stone (missionário norte-americano), meados do século XIX

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